São Camilo no Brasil
O primeiro passo para a vinda dos Camilianos ao Brasil ocorreu em Roma, na Itália, no fim de junho de 1922, quando os padres Camilianos Inocente Radrizzani e Eugênio Dallagiacoma foram designados a cumprir a santa e nobre missão de fundar uma colônia dos filhos de São Camilo em Mariana (MG).
Pe. Inocente e Pe. Eugênio partiram da Itália em 29 de agosto do mesmo ano e, depois de atravessarem o Atlântico, desembarcaram em Niterói (RJ), em 15 de setembro, partindo no mesmo dia para Mariana. Naquela cidade foram recebidos pelo bispo-auxiliar, Vigário Capitular, que os acolheu fraternalmente. Cinco dias depois, Pe. Inocente embarcou, sozinho, de volta ao Rio de Janeiro, deixando Pe. Dallagiacoma em Mariana.
O motivo da viagem era para tratar da instalação da missão Camiliana no Rio, já que o tempo vivenciado na cidade mineira foi o suficiente para compreender que lá não era o lugar ideal para iniciar a fundação, porém, assim como em Mariana, no Rio de Janeiro os resultados foram poucos. Com a ajuda do secretário do Arcebispo de São Paulo, Pe. Alfredo Mecca, Pe. Inocente continuou sua trajetória, dessa vez com destino a São Paulo, para se apresentar ao Arcebispo D. Duarte Leopoldo.
Em São Paulo, Pe. Inocente percebeu ser essa uma cidade promissora e que poderia se transformar em um imenso campo de atividades Camilianas, o que fez Pe. Dallagiacoma também deixar a pequena cidade de Mariana. Em 1923, os frades capuchinhos cederam a Capelania do Hospital Humberto I, da colônia italiana, assumida pelo Pe. Eugênio Dallagiacoma no dia 15 de novembro do mesmo ano. Depois disso, a primeira iniciativa foi alugar uma casa, onde Pe. Sílvio Silvestri, o terceiro a chegar ao Brasil, se hospede.
Em 8 de outubro de 1923, os Camilianos estavam no seu predileto campo, realizando o trabalho iniciado por São Camilo de Lellis com os doentes. Esse foi o grande marco para a missão Camiliana que, finalmente, conquistou seu espaço e, em menos de 10 anos, nomeou os capelães dos principais hospitais da Arquidiocese de São Paulo.
Foi nessa fase próspera que o Arcebispo D. Duarte Leopoldo e Silva cedeu um terreno de oito mil metros quadrados na região do bairro do Jaçanã, na capital paulista, onde foi construída uma pequena igreja, transformada em Paróquia Hospitalar, no dia 25 de abril de 1930, e considerada a segunda comunidade Camiliana de São Paulo. Com a seriedade e o sucesso da atuação dos Camilianos, um novo terreno foi cedido pelo mesmo Arcebispo, D. Duarte.
Dessa vez, eram cinco mil metros quadrados de terreno, na Vila Pompeia, na zona Oeste de São Paulo, com capela, pequenas dependências e uma escola primária. Surgiu, nesse momento, a casa-mãe da Província Camiliana Brasileira. Mais tarde, nessa mesma Vila Pompeia foi inaugurado o primeiro Centro Camiliano de Assistência Médica aos doentes no Brasil, unindo de forma inseparável o ideal de São Camilo de Lellis: assistências espiritual e corporal. Em 1935, o humilde ambulatório deu espaço à Policlínica São Camilo, com edifício moderno e bem-equipado, ampliando e melhorando a assistência à população.
Nesse meio tempo muitas outras conquistas aconteceram, como o Seminário e o Hospital de Iomerê (SC), a Igreja e o Seminário do Jaçanã, em São Paulo (SP), a casa, o Ambulatório e o Santuário no Rio de Janeiro (RJ) e parte do Seminário localizado na Granja Viana, na cidade de Cotia (SP). Esses são alguns pontos marcantes da persistente trajetória dos Camilianos desde quando partiram de Roma até chegarem e se instalarem no Brasil. Fatos regados com muito trabalho, sacrifício e ajuda mútua.
Hoje, as entidades Camilianas atuam em todo território nacional, realizando a vontade de seu fundador em estar a serviço daqueles que, em seus desígnios e pensamentos, constituíram seu projeto de vida: os enfermos. Os Camilianos também atuam em outras não menos importantes e necessitadas áreas, como a Paroquial, Formação de Religiosos e Atividades Missionárias, Comunitárias e Educacionais.
Fonte: camilianos.org.br
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